Reuniões do Grupo de Oração Nova Jerusalém, todos os Sábados, às 19h.

16 de agosto de 2012

Quaresma de São Miguel Arcanjo



Irmãos, começamos no dia 15 de agosto a quaresma de São Miguel Arcanjo.
Mas quem perdeu a data ainda pode começar! Você tem até domingo para fazer parte deste exército, deste tempo forte de oração! Domingo é dia da Assunção de Nossa Senhora e ainda dá 40 dias para o dia da festa de São Miguel Arcanjo!

Peço a todo o grupo de oração que façamos esta quaresma por todos os doentes de nossa comunidade e pela fidelidade dos servos e do resgate de todos os católicos afastados da Igreja de nosso bairro.
E pelas eleições. Para que Deus ilumine todos os eleitores para que votem em pessoas que possam trabalhar no bem estar do povo nos campos principais de obrigação do governo: A Educação, A Segurança e A Saúde!

A quaresma se inicia em 15 de Agosto, próxima quarta-feira, dia da Assunção de Nossa Senhora (que também se celebra no próximo domingo: 19/08); e termina na festa dos Arcanjos, 29 de setembro, festa dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, que este ano, cairá no sábado. 




Como fazer a quaresma:


Quem puder (não é obrigatório), Providenciar um altar para São Miguel com uma imagem ou uma estampa. (Alguns padres recomendam também colocar a imagem do Padre Pio, e em sua honra rezar a Ladainha do Preciosíssimo Sangue).
Todos os dias:

Acender uma vela benta (quem puder - não é obrigatório).

Oferecer uma penitência.
Fazer o sinal-da-cruz;
Rezar a oração a São Miguel;
Rezar a ladainha de São Miguel;

Rezar a Ladainha do Preciosíssimo Sangue de Jesus (recomendável - não é obrigatório)
Há também o Rosário de São Miguel  (recomendável - não é obrigatório)





Segue abaixo uma coletânea de textos sobre a quaresma para você conhecer profundamente este tempo forte de oração:

Francisco de Assis, o Sonhador de uma Páscoa sem fim para todos, sentiu a necessidade interior de “arranjar o seu coração, de o vestir, de o pôr bonito” por uma série de Quaresmas. Quem ler a Segunda Regra que ele escreveu, ficará um tanto perplexo com as suas palavras:

«E jejuem os irmãos desde a Festa de Todos os Santos até ao Natal do Senhor. Mas a santa Quaresma que começa na Epifania e se estende por quarenta dias contínuos, a qual o Senhor com o seu santo jejum consagrou (Mt 4,2), os que voluntariamente a jejuam, sejam benditos do Senhor, e os que a não quiserem jejuar, não sejam obrigados; mas jejuem a outra Quaresma até à Ressurreição do Senhor. E não têm os irmãos obrigação de jejuar noutros dias, a não ser à sexta-feira. Mas quando houver manifesta necessidade, não sejam obrigados a jejum corporal» (cap. 4).

Destaco alguns pormenores do texto, dignos de registo:
 a insistência na palavra / realidade “irmãos”;
● as várias Quaresmas na Fraternidade Franciscana;
 o respeito pela liberdade pessoal;
● a abertura de horizontes, para além do “jejum corporal”…


As várias “Quaresmas” de S. Francisco de Assis

São Francisco fala de três Quaresmas. Mas ele ainda viveu e propôs outras. Seis, ao todo:
● Quaresma da Epifania ou “Santa”, porque vivida e “santificada” pelo Senhor Jesus (7 de Janeiro a 15 de Fevereiro);
● Quaresma da Ressurreição do Senhor (de Quarta-feira de Cinzas até à Páscoa);
● Quaresma de São Pedro e São Paulo, como manifestação de amor à santa Igreja (de 20 de Maio a 29 de Junho);
● Quaresma da Assunção de Nossa Senhora (de 29 de Junho a 15 de Agosto);
● Quaresma de São Miguel Arcanjo (de 15 de Agosto a 25 de Setembro); e
● Quaresma do Advento ou da Encarnação (da Festa de Todos os Santos até ao Natal) do Senhor.


Vivência, mais do que penitência

Qual o espírito que animava o Santo de Assis nestes “tempos fortes”?
Não tanto de penitência, mas de vivência do mistério a celebrar:
● do mistério de Cristo, unindo o Cristo da Encarnação
   e o Cristo da Paixão.
● do mistério de Maria“Virgem convertida em Igreja”.
● do mistério dos Anjos e dos Santos, nossos intercessores
   e modelos de santidade.



As motivações do Santo

São Boaventura, biógrafo e intérprete espiritual de Francisco, deixou-nos as motivações profundas dessas Quaresmas:

A imagem de Jesus Cristo Crucificado nunca lhe saía do espírito, como o ramalhete de mirra da Esposa dos Cânticos; e na veemência do seu amor extático suspirava por transformar-se inteiramente em Cristo Crucificado.

Também se sentia ligado por indissolúveis laços de amor aos espíritos angélicos, cujo ardor maravilhoso os lança em êxtase diante de Deus e inflama as almas dos eleitos. Por devoção para com eles fazia uma Quaresma de jejum e oração durante os quarenta dias que se seguem à Assunção da Virgem gloriosa. Ao Arcanjo S. Miguel especialmente, por ser ele o encarregado de fazer a apresentação das almas no céu, dedicava uma particular devoção, em virtude do zelo que o devorava em salvar todos os homens” (SÃO BOAVENTURA: Legenda Maior, cap. IX, nº 2 e 3)


Destaquemos o início e o final do texto: Jesus Cristo Crucificado – princípio e motor de toda a vida, oração e acção de Francisco; e salvar todos os homens – suprema aspiração deste missionário apaixonado de Cristo e da Humanidade. Só com estes dois pólos se entende a sua aventura revolucionária. Sem amor a Cristo e a todos os homens e mulheres, não se entende nenhuma das seis Quaresmas vividas por Francisco de Assis! Como tão-pouco se entende a Quaresma que nos é concedida para viver, mais uma vez, como “o tempo favorável” e “o dia de salvação”.



São Francisco reconhecia a importância de se recorrer a São Miguel Arcanjo, pelo auxilio que este Arcanjo tem em exercício das almas em salva-las no último instante da vida e o poder de ir ao purgatório retira-las de lá.
Esse era o principal motivo de São Francisco de Assis em fazer a quaresma de São Miguel Arcanjo:
Para honra de Deus, da Bem-aventurada Virgem Maria e de São Miguel, príncipe dos anjos e das almas, quero fazer aqui uma quaresma”. 
São Francisco, então, subiu ao Monte Alverne no dia 15 de agosto para fazer a quaresma no silencio, solidão, oração e jejum.
E, foi durante a Quaresma de São Miguel Arcanjo que São Francisco de Assis recebeu a graça dos Estigmas de Cristo em seu corpo. Relata São Francisco que durante a quaresma, estando próximo a festa da Exaltação da Santa Cruz, quando ele viu descer do alto do céu, um Serafim de seis asas flamejantes, o qual, num rápido voo, chegou perto do lugar onde ele estava. O anjo apareceu-lhe não apenas munido de asas, mas também crucificado, mãos e pés estendidos e atados a uma cruz. Duas asas elevavam-se por cima de sua cabeça, duas outras estavam abertas para o voo, às duas últimas cobriam-lhe o corpo.
Com esta visão São Francisco mergulhou num profundo êxtase e ele compreendeu que os sofrimentos da paixão de modo algum podem atingir um Serafim que é um espírito imortal, mas essa visão lhe fora concedido para ensinar que não era o martírio do corpo, mas o amor que incendiava a alma é que deveria transformá-lo, tornando o semelhante a Jesus Crucificado. Após ter um diálogo com o Serafim, conversa que nunca foi revelada aos outros, desapareceu aquela visão, deixando-lhe o coração cheio de amor  e imprimindo-lhe na carne a semelhança externa com Jesus Crucificado, ou seja, os estigmas de Cristo, que fez  como a marca de um sinete na cera que o calor do fogo fez derreter. Logo apareceu em suas mãos e pés as marcas dos cravos.
Assim, o verdadeiro e puro amor de São Francisco de Assis por Jesus tornou-o a Ele semelhante em seu corpo, através dos estigmas recebidos e terminada a quaresma, no dia da Festa de São Miguel Arcanjo, este santo desceu do monte trazendo em seu corpo este maravilhoso milagre do amor.
Francisco para não se igualar a Jesus que ficou 40 dias e 40 noites em jejum total, come ao final destes dias um pedaço de pão e bebe água, pois se achava indigno de se igualar a Jesus.


Fontes:






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